DuoStim é um dos protocolos de tratamento atualmente utilizado na reprodução assistida. O DuoStim (Double Stimulation) tem como objetivo realizar duas aspirações foliculares para captar uma quantidade maior de óvulos maduros no mesmo ciclo menstrual.
Quando deve ser indicado?
DuoSTim é indicado para pacientes que realizam tratamento de fertilização in vitro ou para preservação da fertilidade com caráter emergencial, por exemplo congelamento de óvulos por pacientes oncológicas que vão realizar tratamento com quimioterápicos.
Estas pacientes precisam iniciar com medicações indutoras da ovulação no 2º dia do ciclo menstrual para recrutar um número grande de folículos ovarianos. Porém em alguns casos, mesmo com altas doses de medicações temos pacientes que não apresentam uma boa resposta, nos casos chamados de baixas respondedoras (ou poor responder). Nesse cenário de pacientes com baixa resposta ao estímulo (com produção de 5 óvulos maduros) muitas vezes acaba sendo necessário realizar mais de um ciclo de indução para preservação da fertilidade ou fertilização in vitro.
Como é realizado o DuoStim?
No DuoStim a paciente realiza a indução ovariana semelhante a estimulação de uma fertilização in vitro, que dura em média de 10-12 dias. Após a aspiração folicular para captação dos óvulos maduros, ela precisa realizar uma ultrassonografia transvaginal do 3º ao 5º dia, iniciando novamente medicações de estímulo ovariano. De acordo com a resposta e o crescimento folicular em média de 10-12 dias, uma nova aspiração será realizada no mesmo ciclo. As medicações que serão utilizadas no protocolo são definidas de acordo com a experiência de cada profissional e de forma individualizada, pois cada protocolo em reprodução assistida é avaliado após um levantamento médico criterioso e adequado.
Quais são as vantagens e desvantagens do DuoStim?
Uma das vantagens do protocolo DuoStim é aproveitar um único ciclo menstrual para realizar dois recrutamentos em fases diferentes do ciclo, sendo o primeiro na fase folicular (início no 2º dia do ciclo menstrual) e o segundo na fase lútea (início entre o 3º – 5º dia após a primeira aspiração folicular), dessa forma a paciente consegue um número maior de óvulos maduros em um curto período de tempo, ou seja, não precisam aguardar um novo ciclo menstrual para iniciar um novo protocolo de estímulo ovariano, se este for indicado por um especialista.
Em contrapartida, as desvantagens do DuoStim estão: no custo das medicações, na disponibilidade de tempo que a paciente precisa para realizar todo acompanhamento de forma correta e na ansiedade do casal por não conseguir realizar a transferência embrionária no mesmo ciclo da indução, sendo importante nesse momento a orientação do médico referente ao custo versus benefícios do protocolo.